As pulgas também transmitem vermes?

Olá, Trupe!!!

Provavelmente muitos de vocês já ouviram falar que as pulgas transmitem vermes aos cães e aos gatos. Isso é uma grande verdade, além de provocarem uma coceira chata, Mycoplasmose nos gatos  e até alergia (ambas já discutidas anteriormente) as pulgas também são transmissoras de um parasita denominado Dipylidium caninum. Essa verminose é uma zoonose.

O Dipylidium é um cestódeo achatado, de coloração esbranquiçada, semelhante a  um grão de arroz. Está presente dentro das pulgas (hospedeiro intermediário) e será  liberado no trato gastrointestinal dos animais,após ingestão de pulgas ou piolhos, através de mordedura ou lambedura, decorrentes da coceira. No intestino, os vermes são liberados e eliminados nas fezes dos animais.

Os sintomas ocorrem geralmente em grandes infestações e incluem diarreia mais escura, coceira anal, emagrecimento, pelagem opaca e em casos mais graves, alterações neurológicas e obstrução intestinal.

O diagnóstico dessa verminose, baseia-se na sintomatologia clínica, visualização de proglotes nas fezes e do exame parasitológico de fezes.

Pra tratamento, utiliza-se vermífugos orais ou tópicos e é imprescindível que as pulgas e/ou piolhos sejam exterminados,  com o uso de medicações especificas e seguras para cães e gatos.

Como medidas de prevenção, deve-se utilizar  medicações preventivas de ectoparasitas nos cães e gatos, respeitando fielmente os intervalos entre as aplicações estipulados pelo fabricante , vermifugação, no mínimo a cada 6 meses, higienização adequada de camas e utensílios dos animais.  Por ser uma zoonose, recomenda-se higienização de legumes e verduras para consumo humano e a não ingestão de água de procedência duvidosa.

Tenham todos uma ótima semana e fiquem atentos às nossas dicas!!!!

 

 

 

 

Leptospirose

 

Boa noite, Trupe!

A leptospirose é uma doença infecto-contagiosa, causada por bactérias do gênero Leptospira. É uma zoonose (doenças transmitidas de animais para seres humanos) grave, de distribuição mundial, que acomete frequentemente os cães e pode levar a morte.

A disseminação da doença ocorre com maior frequência em épocas de chuva, locais que sofrem alagamentos e em regiões de saneamento básico precário.

A transmissão da leptospirose é dada por roedores de várias espécies, através das formas direta (contato com sangue ou urina) ou indireta ( via placentária, venérea ou cutânea). Quando infectados pela a Leptospira, os roedores, não apresentam a doença clínica, mas eliminam a bactéria, que por sua vez  infectará cães e/ou seres humanos.

As manifestações clínicas mais comuns em cães com leptospirose são: apatia, febre, perda de apetite, vômitos, aumento na ingestão de água e do volume urinário e icterícia (pigmentação amarelada de pele e mucosas).

Exames complementares, como hemograma,  dosagem de enzimas renais e hepáticas podem ajudar no diagnóstico e no estabelecimento do prognóstico. Mas o diagnóstico definitivo, consiste em detectar a presença da bactéria na urina ou no sangue do cão doente.

O tratamento é baseado no suporte do animal acometido e em antibioticoterapia. Já o prognóstico é reservado.

Para a prevenção, a medida mais efetiva é a vacinação ( V10 – já discutida anteriormente por nós).

Tenham todos uma ótima semana e um mês cheio de realizações!!!

Parvovirose Canina

Boa tarde,  Trupe!

Hoje falaremos sobre uma doença muito grave e ainda muito presente nos cães, a Parvovirose. Trata-se de uma doença infecto-contagiosa, causada por um vírus da família Parvoviridae. O parvovírus, acomete canídeos em geral, como cães domésticos, cães do mato, coiotes, lobinhos e lobos – guará.

A parvovirose é uma doença que promove alta mortalidade entre os cães e costuma acometer com maior frequência,  animais jovens (menores de um ano de idade) e idosos, devido a, baixa imunidade de ambos e/ou enfermidades intercorrentes.

O vírus penetra através do contato com as fezes de animais infectados. Cães sadios não precisam ingerir fezes diretamente, podem ter contato com resquícios fecais em passeios à rua e contraírem a virose, através de lambedura de patas ou outro local que tenha tido contato com fezes contaminadas.

O início dos sintomas, podem ocorrer com aproximadamente 5 – 6 dias do contato inicial com o vírus.  A partir dai, os animais passam apresentar alterações  gastrointestinais, que evoluem de acordo com o avançar da doença, tais como, diarreia líquida sanguinolenta (escura) com odor forte, cólica, vômitos intensos, prostração, podendo evoluir para desidratação e até para a morte.

O diagnóstico é sugestivo, mas nunca podemos deixar de descartar outras doenças, que podem levar à quadros semelhantes. O médico veterinário, poderá solicitar alguns exames que podem facilitar no diagnóstico da doença.

O tratamento, que deverá ser instituído por um médico veterinário, consiste em hidratar o animal acometido, antibioticoterapia e medicações para controle dos sinais, como analgésicos e antieméticos.  Na maior parte dos casos, há necessidade de internação, até a melhora clínica do animal.

Vale lembrar, que o isolamento de cães doentes é fundamental, para evitar que a doença seja transmitida para cães sadios.

Para prevenção, a vacinação é fundamental (sua importância já foi discutida anteriormente, na matéria sobre vacinação). Outras formas muito importantes de prevenção da doença, consistem em não permitir que o filhote tenha acesso à rua ou contato com outros cães, até que o esquema vacinal esteja completo e higienizar locais que doentes tiveram acesso. Essa higienização pode ser dada com o uso de hipoclorito de sódio (água sanitária) e/ou outros produtos, com diluição e tempo de ação específicos, que deverão ser passados por um médico veterinário de sua confiança.

Bom pessoal, vamos ficando por aqui…um grande abraço à todos, afinal hoje é dia do abraço!!!

 

 

 

 

Sexta-feira 13

sexta13

 

Olá Trupe!!!!

Hoje vai um alerta para todos nós. Sexta-feira é dia 13, e como toda sexta 13 muitos rituais acontecem envolvendo animais, principalmente os gatos de coloração preta.

Não vamos entrar em discussão religiosa, porém devemos nos lembrar que os animais também sentem medo e não merecem ser judiados e sacrificados em prol de uma crença religiosa.

Qualquer animal, independente da cor de pelagem, raça ou espécie deve ser RESPEITADO, pois também são seres vivos. E ao contrário do que muitas pessoas acham CRUZAR COM GATO PRETO NÃO DÁ AZAR.

Muito cuidado nesse dia com seus gatos que tem o hábito de ir para a rua, outra preocupação que se deve ter são com as doações de animais. Sempre peguem dados pessoais dos adotantes e tentem manter o contato para saber como estão os animais.

Por hoje é isso. E lembrem-se os animais só nos trazem felicidade!!!!

Uma boa semana a todos!!!!!

 

Transmissão de doença pelo mosquito Aedes

Bom dia Trupe!!!

O assunto hoje é sobre a Dengue. Mas, será que meu cachorro pode pegar Dengue? Nesses últimos meses temos nos preocupado com a onda de casos da doença, mas antes de responder a essa pergunta vamos a uma breve explicação sobre a dengue.

A dengue é transmitida por um vetor (agente transmissor da doença), no Brasil o vetor é o mosquito da espécie Aedes aegypti. A transmissão se dá pela picada do mosquito infectado, que ao picar uma pessoa sadia, passa o vírus da dengue e esta pessoa fica doente.

Não há transmissão pelo contato direto de uma pessoa doente para uma pessoa sadia. Também não há transmissão pela água, por alimentos ou por quaisquer objetos. A dengue também não é transmitida de um mosquito para outro, nem através de outros animais.

Os mosquitos acasalam 1 ou 2 dias após tornarem-se adultos. A partir daí, as fêmeas passam a se alimentar de sangue, que fornece as proteínas necessárias para o desenvolvimentos dos ovos. São ativas durante o dia, podendo picar várias pessoas diferentes, o que explica a rápida explosão das epidemias de dengue.

Há uma relação direta, nos países tropicais, entre as chuvas e o aumento do número de vetores. A temperatura influi na transmissão da dengue. Raramente ocorre transmissão da dengue em temperaturas abaixo de 16º C. A transmissão ocorre preferencialmente em temperaturas superiores a 20º C.

Mas, e onde entra o meu cachorro nessa história?

Os mosquitos dos gêneros Aedes spp., Anopheles spp., Culex spp. podem transmitir uma doença muito conhecida e já discutida no blog, a Dirofilariose (verme do coração). Após a picada do mosquito contaminado no cão sadio, o parasita se instala no sistema circulatório do cão causando sérios problema de saúde.

A solução para combater o mosquito e evitar que ele traga a doença para dentro de nossas casas é a PREVENÇÃO. Tem que ser feita todos os dias do ano, mas principalmente nas épocas de calor.

  • cobrindo ou furando pneus;
  • usando areia grossa em pratos de vasos de flores;
  • ensacando e jogando no lixo vasilhames que possam acumular água;
  • virando de boca para baixo garrafas vazias;
  • tampando as caixas de água, etc.

Para nossos animais existem algumas marcas de antipulgas que também protegem contra picada de mosquitos e devem ser aplicadas mensalmente.

Vamos todos combater esse mosquito e evitar que nossos familiares e animais fiquem doentes. A PREVENÇÃO NÃO CUSTA NADA.

Boa semana!!!

 

 

Esporotricose

 

Olá, Trupe!

Desde meados de 2015, a vigilância sanitária vem alertando as autoridades do Rio de Janeiro sobre a epidemia de esporotricose em gatos, no estado.

A esporotricose é uma doença causada pelo fungo Sporotrix schinckii, de caráter zoonótico (transmitida de animais para seres humanos) e está presente na natureza (solo, cascas de árvores, material em decomposição).

Em seres humanos, a doença é popularmente conhecida como “doença da roseira”, pois era frequentemente relatada em  jardineiros, trabalhadores rurais e floricultores. O contágio se dava através de lesões ocasionadas por espinhos, objetos contaminados ou até através de lesões pré existentes contaminadas com o Sporotrix . Atualmente doença tem maior incidência em animais (principalmente nos gatos de vida livre), devido a brigas (lesões causadas por arranhadura e mordedura). O animal pode ser transmissor da doença mesmo sem ser portador, pois carrega o fungo nas garras e saliva .

Dentre as manifestações clínicas mais comuns da doença em cães e gatos, podemos citar lesões cutâneas de difícil cicatrização principalmente em face, que podem se espalhar por todo o corpo do animal. Perda de peso, apatia , perda de apetite e secreção nasal. Já em casos mais avançados, a infecção pode se tornar generalizada e acometer pulmões, sistema nervoso, entre outros.

O diagnóstico  consiste no exame físico (inspeção das lesões) e  exames complementares.Quando o diagnóstico for fechado, o médico veterinário prescreverá o tratamento mais indicado para seu bichinho.

Para prevenir a doença, evite deixar seu animalzinho ter acesso livre à rua e opte por castrá-lo, assim brigas por território e por fêmeas, no caso dos machos, serão evitadas.

Portanto pessoal, fiquem atentos! Se seu cão ou gato apresentar os sintomas acima, procure um médico veterinário de sua confiança, pois pode ser esporotricose.

Boa semana à todos!!!

 

 

 

 

 

 

 

 

Meu gato bebe pouca água! E agora?

Boa noite, Trupe!

É com certa frequência, na clínica, que recebemos proprietários que nos relatam que seus gatos ingerem pouca quantidade de água. Isso é um fato que ocorre devido aos ancestrais dos felinos domésticos habitarem regiões desérticas, portanto, passavam por privação hídrica.

A baixa ingestão de água pode ocasionar diversos problemas à saúde de seu bichano, como desidratação, DTUIF (Doença do Trato Urinário Inferior dos Felinos), formação de cálculos urinários.

Para que nossos gatinhos aumentem o consumo de água, algumas mudanças podem ser necessárias em sua rotina. Vamos a algumas dicas:

  • Adicionar alimentação úmida à dieta: existem vários tipos de ração úmida para gatos (sachês). Geralmente eles adoram e 80% de sua composição é de água. Essas dietas podem ser oferecidas diariamente, junto ou não à ração seca. Ah e as rações úmidas não favorecem o excesso de peso, vale ressaltar.
  • Uso de fontes e/ou bebedouros elétricos: esses acessórios são queridos pelos gatos, pois promovem a sensação de água fresca. Gatos não gostam de água parada.
  • Adição de gelo na água de bebida: no verão, experimente colocar uma pedrinha de gelo na água de seu bichano, pois além de amenizar o calor, promoverá sensação de água fresca e ele ainda poderá se divertir tentando “caçar” o gelo.
  • Vasilhas com abertura superior larga: os felinos não gostam de que seus bigodes tenham contato com a “boca” do recipiente.
  • Água corrente: quando você estiver usando a pia ou mangueira, deixe um filetinho de água sair, para que seu felino se delicie. Mas use essa tática com moderação e não deixe a torneira pingando, pois estamos enfrentando uma crise hídrica. Use o bom senso!
  • Troque a água várias vezes ao dia: provavelmente esse ato despertará maior interesse do gato pela água.

Por hoje é só pessoal! Esperamos que essas dicas sejam úteis.

Boa semana!!!

 

Dermatite Solar

Olá Trupe!!!

Com o verão e o sol forte muitas doenças aparecem em nossos amiguinhos. Devemos ficar atentos para qualquer sinal diferente e procurar ajuda no Médico Veterinário. Hoje vamos abordar o assunto da Dermatite Solar.

A Dermatite Solar é uma lesão cutânea caracterizada por eritema (vermelhidão), ceratose (espessamento da pele), comedões (cravos) e piodermite (infecção da pele) que se inicia e se agrava com a exposição solar.

Acomete cães de pelagem curta e clara, e gatos. Os cães são atingidos na face (focinho, orelhas, pálpebra), abdômen e dorso, enquanto os gatos são mais atingidos na face. O processo é bastante doloroso.

O diagnóstico é feito com avaliação histopatológica.

O tratamento é impedir o contato com o sol nos períodos mais quentes, e sempre que houver exposição solar, utilizar protetor solar comercial para cães e gatos. Banhos com xampus antissépticos, tratar a piodermite secundária, suplementação vitamínica. O acompanhamento do Médico Veterinário é de suma importância, pois o quadro pode evoluir negativamente.

Uma boa semana a todos!!

Verme do coração

 

 

Boa noite, Trupe!

Em nossa primeira postagem de 2016, vamos falar sobre a dirofilariose, mais conhecida como “verme do coração”.  É uma zoonose, causada pelo Dirofilaria immitis, que acomete todos os mamíferos.

A dirofilariose é uma doença encontrada geralmente no verão, principalmente em cidades litorâneas, transmitida pela picada dos mosquitos fêmeas Culex pipiens. O mosquito pica um animal infectado, contraindo assim as larvas do parasita, que por sua vez, serão transmitidas aos demais indivíduos picados. As larvas da dirofilária se instalam nas artérias pulmonares e no coração de seus hospedeiros.

Os sinais clínicos da doença aparecem após alguns meses do animal ter sido picado. Na fase inicial, os animais apresentam tosse, intolerância ao exercício e perda de peso. Em estágios mais avançados, apresentam dispneia (falta de ar), febre e até ascite (acúmulo de líquido abdominal) e em muitos casos pode ser fatal.

O diagnóstico é dado através do histórico clínico, exames físico e complementares, tais como sorologia específica, ecocardiografia e radiografia de tórax.

O tratamento consiste em medicações específicas orais ou injetáveis, que deverão ser prescritas por um médico veterinário.

A prevenção é dada pelo uso de comprimidos orais mensais, injeções ou através de coleiras antiparasitárias. Vale ressaltar que esses métodos preventivos só podem ser utilizados em cães e não em gatos.

Fiquem ligados e boa semana à todos!!!!