Esporotricose

 

Olá, Trupe!

Desde meados de 2015, a vigilância sanitária vem alertando as autoridades do Rio de Janeiro sobre a epidemia de esporotricose em gatos, no estado.

A esporotricose é uma doença causada pelo fungo Sporotrix schinckii, de caráter zoonótico (transmitida de animais para seres humanos) e está presente na natureza (solo, cascas de árvores, material em decomposição).

Em seres humanos, a doença é popularmente conhecida como “doença da roseira”, pois era frequentemente relatada em  jardineiros, trabalhadores rurais e floricultores. O contágio se dava através de lesões ocasionadas por espinhos, objetos contaminados ou até através de lesões pré existentes contaminadas com o Sporotrix . Atualmente doença tem maior incidência em animais (principalmente nos gatos de vida livre), devido a brigas (lesões causadas por arranhadura e mordedura). O animal pode ser transmissor da doença mesmo sem ser portador, pois carrega o fungo nas garras e saliva .

Dentre as manifestações clínicas mais comuns da doença em cães e gatos, podemos citar lesões cutâneas de difícil cicatrização principalmente em face, que podem se espalhar por todo o corpo do animal. Perda de peso, apatia , perda de apetite e secreção nasal. Já em casos mais avançados, a infecção pode se tornar generalizada e acometer pulmões, sistema nervoso, entre outros.

O diagnóstico  consiste no exame físico (inspeção das lesões) e  exames complementares.Quando o diagnóstico for fechado, o médico veterinário prescreverá o tratamento mais indicado para seu bichinho.

Para prevenir a doença, evite deixar seu animalzinho ter acesso livre à rua e opte por castrá-lo, assim brigas por território e por fêmeas, no caso dos machos, serão evitadas.

Portanto pessoal, fiquem atentos! Se seu cão ou gato apresentar os sintomas acima, procure um médico veterinário de sua confiança, pois pode ser esporotricose.

Boa semana à todos!!!

 

 

 

 

 

 

 

 

Giardíase

A Giardia ou Giardíase é uma das causas mais comuns de diarreias em cães, gatos e em seres humanos, é causada por protozoários, Giardia lamblia e Giardia intestinalis. Vamos conhecer um pouco mais sobre essa zoonose (doença transmitida de animais para seres humanos) que está presente no mundo todo.

Sua transmissão pode ser dada por 2 formas:

Direta: trata-se da infecção através da ingestão de água ou alimentos contaminados com cistos provenientes de indivíduos já infectados.

Indireta: ocorre geralmente em canis e gatis, devido a aglomeração de animais, alimentação inadequada, baixa de imunidade. Porém, também pode ocorrer em cães e gatos que possuem acesso frequente à rua e acabam cheirando ou pisando em fezes de outros animais.

Sua sintomatologia clínica é dada por diarreia, que compromete a absorção dos nutrientes ingeridos através da alimentação, levando a emagrecimento,  letargia, desidratação.  As fezes costumam ser pálidas, fétidas, gelatinosas (com muco), pastosas e/ou aquosas e em alguns casos podem apresentar estrias de sangue. Além disso, os animais infectados podem apresentar cólica, gases e vômito.  A gravidade do quadro pode variar de acordo com a imunidade do animal, alimentação e hábitos de higiene.

Ao contrário do que as pessoas pensam a Giardia não pode ser vista a olho nú, por isso, o exame de fezes  pode ser útil na pesquisa dos cistos desse protozoário, mas geralmente esse exame dará positivo somente nos primeiros 7 dias após o aparecimento dos sintomas. Por isso, caso o veterinário peça as amostras de fezes e o exame seriado dê negativo, os sintomas devem ser levados em consideração e se forem compatíveis com Giardíase o animal deverá ser tratado. Lembrando que a Giardiase pode se tornar crônica e o animal apresentar sintomatologia esporádica, fazendo com que o proprietário atribua os sintomas a outras causas, como ingestão de alimentos incomuns na dieta habitual e até mesmo o estresse.

O tratamento que deve ser sempre prescrito por seu veterinário de confiança e é dado a base vermífugos, com dosagem e frequência de administração específicas ou por antibióticos.

Hábitos adequados de higiene são a melhor forma de evitar infecção por Giardia ou até mesmo sua reinfecção. Então, procure sempre fornecer água de qualidade para seu animalzinho, realizar limpeza do ambiente contaminado com desinfetantes a base de amônia quaternária ou hipoclorito de sódio (água sanitária) e água quente para que os cistos não persistam no ambiente.

Outra recomendação importante para evitar a doença e realizar o controle ambiental é a vacina contra Giardia (somente para cães), que deve ser aplicada em duas doses, com intervalos de 21 dias entre elas e depois realizar reforço anual. Essa vacina não exclui, mas reduz a possibilidade do cão vir a contrair a doença e faz com que o sintomas sejam menos graves em caso de manifestação da doença.

Observe sempre as fezes de cão ou gato ao primeiro sinal de Giardíase procure um veterinário, pois em filhotes e indivíduos desnutridos ou com imunidade baixa pode até ser fatal.

Raiva: será que ela está de volta?

Olá Trupe!

Essa semana estourou na internet a notícia de que a Raiva está voltando a assombrar o Brasil, mais especificamente no Mato Grosso do Sul. Já são 14 animais infectados , sendo 13 cães e 1 boi na cidade de Corumbá e 5 animais na cidade vizinha, Lodrário. De acordo com a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal, os animais infectados estão vindo da Bolívia . A prefeitura local está promovendo campanhas de vacinação e o mesmo está sendo feito na Bolívia.

No dia 13/04 um homem de Corumbá foi diagnosticado com a doença, após 40 dias de ter sido mordido por uma cão infectado. O mesmo foi levado para  Campo Grande e encontra-se  hospitalizado. Desde 1994 que o estado do Mato Grosso do Sul não havia tido um caso de Raiva humana.

Falando sobre a Raiva…é uma infecção viral, de caráter zoonótico (transmissível de animais para o homem), que acomete cães, gatos, ferrets e os demais mamíferos. Sua transmissão ocorre por mordedura e quando atinge o cérebro promove sialorréia (salivação excessiva), convulsões, excitação, espasmos musculares e febre baixa.

O diagnóstico da doença nos animais é dado pelo isolamento de suspeitos, promovido pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e observação de seus sintomas, que podem aparecer em aproximadamente 10 dias pós contato com o vírus, mas o diagnóstico definitivo só poderá ser dado através da análise cerebral após a morte.

No caso dos seres humanos, a Raiva não possui tratamento específico e baseia-se no controle dos sintomas. Já no caso dos animais, na  grande parte dos casos os mesmo já morrem na fase de observação e caso isso não ocorra, a eutanásia é recomendada, por questão de saúde pública.

Vale ressaltar que a única forma de prevenção da raiva é vacinando nossos bichinhos anualmente.  A vacina antirrábica é aplicada gratuitamente pela prefeitura, geralmente no mês  de agosto e também pode ser encontrada em clínicas veterinárias e devem ser sempre aplicadas por um médico veterinário.

Orientem seus amigos e familiares sobre a importância da vacinação e ajude o Brasil a erradicar a Raiva humana e animal.